Viviane Camargo: "Diferenciação hoje em dia não é uma opção, é sobrevivência"
Dois dados apresentados pela publicitária Viviane Camargo no Mídia Sul 2017 mostram a importância de não fazer igual aos outros no universo empresarial. Recentemente a revista Fast Company divulgou as 25 empresas mais inovadoras e promissoras do mundo, e apenas sete delas têm mais de 40 anos. Desde 2000, 52% das empresas da Fortune 500 faliram, foram compradas ou deixaram de existir. A palestrante complementou o cenário com vários exemplos. "O Uber não está acabando com o serviço de táxi, ele entrou em crise pelo preço e pela pouca disponibilidade. Não foi a Apple que matou a indústria da música, e sim ter que comprar um disco para ouvir apenas uma música. O que está matando a indústria hoteleira são os altos preços e a pouca disponibilidade, e não o Air BNB. Não é a tecnologia que está matando as empresas tradicionais, é a falta de olhar para centrar no consumidor as suas estratégias".
Para ela, ser diferente no mercado hoje não é uma opção, mas sim uma questão de sobrevivência. E é por intermédio do branding, serviço de consultoria que é prestado pela sua empresa, a Aurora, que uma marca pode construir sua identidade, uma identidade com valor. "Hoje vivemos num mundo de informações, todo mundo tem acesso à pesquisa. A questão é a estratégia que a marca vai adotar para não se tornar clone de outras. A sociedade do excesso tem empresas similares, com pessoas similares, serviços similares, preços similares, com qualidade similar. Fica todo mundo brigando para percorrer a mesma estrada em vez de procurar o novo. Mas não tem mais como viver com o que deu certo até hoje", considera Viviane.
A Aurora atua com branding para empresas do Paraná e Santa Catarina e considera que a era atual é a do propósito e das pessoas. "É isso o que guia uma marca atualmente. As grandes marcas têm uma causa, uma bandeira, lideraram um movimento em prol de alguma coisa", frisou ela, mostrando exemplos de empresas que construíram esse diferencial e que hoje têm consumidores que enxergam o valor da marca e pagam a mais por isso. "O exemplo clássico é das Havaianas. Hoje ela vende o lifestyle, a alegria de viver, e não o chinelo que não solta as tiras. Saiu do chinelo de peão de obra para ser o da Gisele Bundchen", ilustrou.
Segundo Viviane, a maioria das marcas ainda vive baseada no que eu faço (racional). Algumas já evoluíram para como eu faço isso (emocional), mas o que de fato diferencia uma marca é o porque eu faço (cérebro super emocional). "É isso que faz as pessoas pagarem mais por um produto, pagarem mais por uma marca e enxergarem o seu valor", explicou. "É preciso desafiar o status quo, criar movimentos e engajar pessoas para as causas das marcas e se comprometer. Levante uma bandeira e não desista dela", recomendou. No processo de construção de marca da Aurora ela conta que são fundamentais a verdade, relevância e diferenciação. "Se eu não cumprir esse tripé a marca fica manca".
Tripé da construção de marca da Aurora:
Quem é Viviane Camargo | Aurora Branding
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